sexta-feira, 16 de março de 2012

Trezentos e sessenta graus

Eu não te avisei? Diga-me diante de minha cara que eu não te avisei...
Ah, é verdade, eu não te avisei. Mas, eu precisava?
Os teus atos, tuas palavras, foram destruidores do sonho que eu sonhei
E Hipnos em pessoa clamou pela restituição que eu necessitava

E a restituição veio. Eu não era pobre? Eu não era um desempregado?
Não era eu quem não tinha um carro, ou um apartamento?
Olha ao meu redor! Deus dignou-se em remover o meu fardo
Deu-me tudo o que eu merecia, extinguiu meu lamento

E agora ele dá-te lamentações, enquanto eu sacio meu espírito sofrido
Nego-te a gota de saliva refrescante, como fez Lázaro e o pai Abraão
Não te enganes! Não desejo teu sofrer, não desejo ver teu ser decaído
Mas a pena pelas tuas palavras afiadas independe do querer de minha mão

Esteja bem, ma cherie, quem sabe eu não me compadeça
Eu não te odeio, e espero um dia, talvez exercer a santa misericórdia
O que passou, passou: regenere-se, ou padeça!
Na riqueza ou na pobreza, busque sempre a concórdia, jamais a discórdia

Um comentário:

  1. Texto incrivelmente foda! Um verdadeiro tapa na cara. A vida é transitória, e nem sempre podemos manter nossas posições. Não controlamos as forças caóticas que regem o mundo ao nosso redor! Por isso companheiros, vigiai a todo momento!

    ResponderExcluir

Lembre-se: Comentários são muito bem vindos quando visam acrescentar aos textos mensagens de relevância e de gosto compatível com o texto publicado, mas não o são quando são em tons pejorativos ou de incompatibilidade total com o texto. Agradecemos a compreensão.