quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Antropônimo

Sou um João solitário
Quando em paz, viro Pacífico
Se sou herege, torno-me Ário
E Crisóstomo, se sou prolífico

De muitos nomes vive o homem
Sou, assim, Manoel, ao assar o pão
Quando a paciência e a calma somem
Faço guerra chamando-me Napoleão

Se este soneto tivesse nome
Reza a lógica dos substantivos:
'Chamaria-se heterônimo'!

Mas como morre de fome
Quem do raciocínio quer donativos
Diga-se apenas: 'Chama-se antropônimo'!

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