segunda-feira, 19 de março de 2012

Princesinha moldava

Menina dos cabelos castanhos escuros, dos olhos de mel
Que baila cantando naquela língua doce que, acima do Danúbio, ressoa
Do latim filha, como o sangue que alveja tua pele, branca como papel
Bailando, segurando teu vestido vermelho, de todas as outras destoa

Européia dama dos seios fartos, do sorriso fácil, da doçura infinda
Como não lembrar de quando beijei teus lábios saborosos?
Tua face, mais rosada de vergonha que do frio com que Deus a nós brinda
A tua imagem traz-me à noite sonhos vigorosos!

De onde poderei tirar mais inspiração para meus versos
Que de teu ser, que torna este o mais belo de todos os universos
Que da tua imagem, que torna em um todos os meus pensamentos dispersos?

A quem darei o meu amor, tão renegado
Se não a ti, que logrou de mim amor de um jeito tão simplificado
Tendo esquecido nossos erros, que fizeram-me ficar de ti separado?

Um comentário:

  1. É uma poesia lírica muito importante, porque ao mesmo tempo significa algo, entretanto é descompromissada com a verdade. Acredito até que à luz de uma análise meticulosa e freudiana sua palavras simbolizam um desejo. Desejo este que poderia ser o mesmo daquele que se apodera deste lirismo e identifica nele o seu próprio drama individual.

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