quarta-feira, 18 de abril de 2012

A quem chamarás

A tua cara fechada de arrogância me consome
À medida que rio impiedosamente da tua miséria
Ridículo, julgas-te acima da fartura e da fome
Quando não és mais que uma caveira funérea.

Carne, cartilagem, notocorda, o ser primordial
Mas de onde herdou-se o primor?
Do nada? Do vazio da tua mente anti-cerebral?
Só se for, já que onde não há cérebro, não há temor.


Diz-me onde está a tua matéria quando tu recebes o golpe entrópico final!
Diz-me onde se encontra a tua prepotência e profanidade agora!
Tua insignificância é o lugar onde, para sempre, tu ficarás!

Põe o azeite na tua lâmpada, e ilumina a tua treva descomunal!
Ou continuarás com tua blasfêmia nesta hora?
Tua humanidade só voltará quando descobrires a quem chamarás.

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