terça-feira, 17 de abril de 2012

Nu Canteiro de Obras


Nuya Panaka caminhava pelas ruas de São Paulo, próximo à Liberdade, apenas para espairecer. Estava entediada, a faculdade estava em greve, e não havia muito a fazer em casa. Sentia tesão, sentia tédio, sentia raiva, sentia amor. Aquele turbilhão de sentimentos explodiam em si, e convergiam para um estado latente de desespero. Nuya adorava caminhar, e naquele dia nublado, com o céu cinzento, aquela atividade proporcionava a ela paz de espírito.

Nuya caminhava pela calçada do canteiro de obras abandonado da velha fábrica têxtil, que seria demolida para construção de um moderno shopping. A obra havia sido embargada, talvez por uma propina que não tenha chegado nas mãos certas, de algum fiscal qualquer. A obra estava abandonado haviam 8 anos, e nesta altura já havia se entrelaçado ao meio, passando a fazer parte, naturalmente, da paisagem local. Tapumes metálicos contornavam a obra, muito pixados, em algumas partes artisticamente, em outras vandalisticamente. Em certa altura havia uma abertura na junção entre as duas placas de tapumes, com tamanho suficiente para passar uma pessoa. Aquela abertura era novidade, Nuya estava acostumada a tomar aquele caminho e nunca havia visto aquilo. Curiosa, por natureza, ousou olhar o interior, e num suspiro...

TUM!

Uma paulada forte havia sido dada em sua cabeça, sem tempo de reagir, como num suspiro. Nuya caiu no chão, entregue, sem sentidos por alguns segundos. Quando acordou estava nos braços de um homem negro, da sua altura, de cabelo raspado e barba por fazer. O homem beijava e chupava seu pescoço, causando dor e prazer, repulsa e tesão. Nuya tentava lutar, mas era frágil, e nos braços daquele homem forte, completamente indefesa. Ele a arrastou para dentro do prédio semi-construído, Nuya gritava, e ele abafava os gritos com sua mão. Chegando lá dentro tomou de um pedaço de arame farpado e amarrou as mãos dela para trás, e a calou amarrando um trapo em sua boca, arrancado de suas próprias vestes. Do extremos da parede puxou dois fios de arame farpado que já estavam ali presos para este fim, amarrando suas pernas e deixando-as arreganhadas. Nuya estava entregue àquele homem, que já babava de tanto tesão e prazer. Ela de relance olhou para a calça daquele homem e notou o volume que já não mais cabia ali. O homem com suas mãos rudes excitou Nuya num ponto onde ela não conseguia resistir, fazendo jorrar de seu sexo aquele saboroso mel, quente e doce. Avançou com a boca e sorveu até a última gota, como um bicho faminto. Nuya gemeu, e aquele som ecoou pelo recinto, dando mais prazer ao malévolo. Ele estava no ápice, não conseguiria mais se conter. Tirou a calça e seu membro se libertou. Nuya olhava vidrada, num misto de dor e desejo. Ele foi para cima da pequena e a penetrou com força e vontade. Ela gritou no começo, mas em seguida gemeu de prazer. A dor causada pelo arame farpado lacerando sua carne, o prazer gerado por aquele membro que a penetrava sem rodeios, e a sombria felicidade de se ver tão desejada por aquele homem...ela não aguentou, gozou freneticamente, sem conter os gemidos. O homem gritou "Ah minha branquinha...", e tirou rápido o membro, dirigindo-o para seu rosto. Jorrou o líquido da vida na face de sua cativa, dando a ela mais prazer. Ela recebeu de bom grado aquele líquido quente e viscoso, e tentava alcançar com a língua o que escorria do rosto. O homem deu uma gargalhada alta, colocou a calça e saiu, deixando Nuya amarrada. Voltou vestido com terno branco e um chapéu, fumando cigarro. Trazia dois cães enormes, raivosos e famintos. Soltou-os dizendo: O banquete está servido! E saiu, gargalhando como um demônio.

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