sexta-feira, 20 de abril de 2012

Darquimeu


Darquimeu, filho meu: Seja benigno comigo!
E a partir de mim, seja contigo também
Por que escolhes o mau como teu guia
Se teu coração está inundado no bem?

Foge desta incoerência, e segura a minha mão!

Tu és demasiado bom para servir fielmente ao mal
Tu te envenenas a ti mesmo ao fugir da tua natureza
Enxerga a virtude que pode te transformar em luz e sal
Afasta as trevas que te retiram a beleza

Cumpre a tua tarefa e foge das máscaras que não te simbolizam!

Filho meu, Darquimeu, dá-me o teu amor
Ao invés de entregá-lo cegamente ao meu inimigo
Por que me dás as costas sendo este mau ator
E não vem a mim, de braços abertos, como filho e amigo?

Bota os teus pés no reto caminho e contempla o real

Mas enquanto não vens, cravo em teu peito um prego
E te desorientarei tal qual um órfão novilho
Fecho-te os olhos para que sejas um homem cego
Até que segures nas mãos do meu amado Filho.

2 comentários:

  1. Fábio, você tem um talento nato para transpor para a poesia o sagrado. Mais uma obra prima saída de tuas mãos, parabéns!

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