domingo, 7 de outubro de 2012

Sumidouro das almas

Não há aqui uma única alma
Quando a vida anda bem
A distância é amiga da calma
Até que a tormenta vem

E aí todos aparecem
Quando tremem as pernas de medo
Sozinhos eles padecem
Até procurarem o que largaram cedo

A vida é um sumidouro de almas
Quando tudo está bem
Esquecem-se de tudo

E é então que se bate palmas
Quando todos eles vêm
Envergonhados, calados como um mudo

3 comentários:

  1. Só nos lembramos de Sta Bárbara quando troveja...dizia a sábia da minha avó, embora sei que é um ditado muito antigo.
    Infelizmente,só nos lembramos das coisas boas, dos momentos bons, quando passamos pelo mau, quando nossas vidas estão às escuras.
    A maioria das pessoas, lembra-se apenas dos amigos para partilharem 2 coisas:
    Ou a sua dôr ,e aí martelam-se as cabeças dos nossos amigos com o que de pior nos aconteceu ou acontece.
    ou
    coisas boas que acontecem, para lhes fazerinveja.
    O ser humano deixa muito a desejar.

    Como sempre bela poesia Thiago.

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  2. Belíssima poesia, mas esta é do Fábio, meu companheiro, Benvinda. Nós seguimos um "cronograma" aqui: eu escrevo terças, quinta e sábados, e ele segundas, quartas e sextas. Domingo é dia de descanso, só que não. Ambos publicamos domingo. Um abraço, e agradecemos seus comentários sempre!

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  3. Seus comentários, como sempre, são muito edificantes, Benvinda. Nossos textos ganham um brilho especial quando comentas. Um abraço, e apareça sempre!

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