terça-feira, 30 de outubro de 2012

Contos I (+18)


Sete meses. Sete meses que eles não se viam. E nesses sete meses distantes, ele a excitava com recados, por telefone, com histórias. Embora possamos contar o tempo, não podemos contar quantos orgasmos ela teve nestes sete meses, pensando nele. Ele já havia arquitetado tudo, e para ela seria surpresa, afinal, ele era o Dominador, e ela a submissa. Ela foi buscá-lo no aeroporto, chovia torrencialmente. Ele estava vestido como há 7 meses atrás: jeans, tênis, camisa e um blazer. Ela estava de vestido, meia calça e casaco. A recepção não foi como da primeira vez. Não haviam hipóteses, só certezas. Ela o beijou. Um beijo molhado, lascivo, demorado. Algumas pessoas que se encontravam no saguão do aeroporto se escandalizaram, pois além do beijo, a mão dele adentrou por baixo do vestido dela, mas ela, recatada, interrompeu sua investida despudorada. Ele não gostou, e disse a ela que ela seria castigada por tê-lo interrompido. Ela então sentiu uma mistura de prazer e medo. Ele era forte, vigoroso, e sabia causar dor, quando queria. Saíram então do aeroporto e tomaram um táxi. Ele quis ir para o mesmo hotel que passaram na primeira vez. Devido à chuva, estava um pouco engarrafado; antes tivessem tomado o metrô.

Dentro do táxi, ele não usou as mãos, mas foi mais covarde. Utilizou de todo seu arsenal linguístico, sussurrando obscenidades e putarias que faria com ela no quarto. Ela estava molhada, encharcada, e agora até desejava que ele usasse os dedos, mas ele não o faria. Ela não se aguentou, soltou um breve gemido, que acompanhara o gozo. O taxista, safado, olhou para trás pelo retrovisor e sorriu, e a viagem seguiu, tranquilamente.

Chegaram no hotel. Quarto para dois. Deram os nomes, identidades, e assinaram. Terceiro andar. No elevador, ele não a tocou, nem olhou para ela. Ao descerem no andar, desferiu um violento tapa em sua cara. Aquele era o castigo. Ela não revidou, nem tentou desviar. Após o tapa, puxou seus cabelos e a beijou, enquanto a outra mão ia por debaixo do vestido, só para excitá-la ainda mais. Parou subitamente, e se dirigiu para o quarto, ela o seguiu, como a cachorrinha que era.

Chegando lá, ele se despiu, e sentou numa cadeira. Mandou que ela se despisse, e ficou observando e se masturbando. Com ela nua, a amarrou com sua faixa de jiu-jitsu, a outra ponta da faixa amarrou na cama, e deixou ela deitada no chão, amarrada e vendada. Foi tomar um banho rápido. Ela podia ouvir ele se banhando, o barulho da água caindo do chuveiro, ele assoviando. Até que o chuveiro se desligou. Ela já estava molhada, não via a hora dele começar. Ouvia ele se enxugando, ouvia os passos, até que pôde sentir ele por perto. Ouviu um fósforo sendo riscado. Era ele acendendo a vela. Ele então se ajoelhou perto dela. Começou a beijá-la, intercalava mordendo os lábios dela, e então desceu para o pescoço. Beijava com vontade, mas com cuidado para não deixar marcas. Desceu então para os seios, e chupava e mordiscava sem dó os mamilos dela. Ela gemia. Ao mesmo tempo, pegou um consolo e começou a penetrá-la com ele. O corpo dela vibrava, ela gozava seguidamente. Até que ele parou. O que viria agora? Então ela sentiu. Com uma outra faixa, ele a batia. Mas foram poucas faixadas, pois deram lugar à cera da vela. Ele, vagarosamente, derramava a cera, quente, nos mamilos dela. A dor era saborosa, e ela já estava totalmente louca. Então ele colocou os pregadores nos mamilos, e aí se afastou. Ela não sabe ao certo quanto tempo durou até ele voltar, mas seja lá quanto foi, para ela pareceram horas. Então ela ouviu ele se sentando na cadeira próxima. Sentiu então ele colocando os pés no rosto dela, fazendo com que ela chupasse seus dedos, e ela prontamente o fez, como uma cadelinha de estimação. Depois disso ele começou então a penetrá-la usando os dedões do pé. Ela não esperava, e justamente por ser inesperado, deu a ela mais prazer. Ele então parava alguns momentos e levava os dedões a boca dela, para que ela provasse do próprio gozo, e então cuspia na cara dela. Mas logo voltar a penetrá-la. Ora a batia com a faixa, ora renovava a cera quente nos mamilos, e aquele ritual durou horas. Ele, então, no auge da excitação, levou o pênis à boca dela e gozou, dando a ela seu leite quente. Devido ao tesão dele, o orgasmo foi explosivo, e uma parte espirrou para o chão. Ele então puxou ela pelos cabelos e a fez lamber tudinho. Nenhuma gota podia ser desperdiçada. Então desamarrou-a, libertando-a, aconchegou ela em seus braços e ternamente, a beijou.

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