quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Salve-me - Parte 7


"Eu e meu marido, desde que nos casamos, 4 anos atrás, que tudo mudou. Na época do namoro ele era um verdadeiro cavalheiro. Fazia tudo para mim. Coisas que nunca haviam feito. Abria a porta do carro, puxava a cadeira nos restaurantes, me mandava flores, tudo! Não pensei duas vezes quando me pediu em casamento. Mas depois que nos casamos ele se transformou completamente. Quando andávamos na rua ele desconfiava de todos os homens que passavam por nós. Inventou que eu estava flertando com o porteiro, o padeiro, e até com o meu cabelereiro, que é homossexual. Minha vida virou um inferno. E não demorou para que as suspeitas dele se tornassem realidades em sua mente insana. Ele tinha certeza de que eu o havia traído, e nada nesse mundo fazia com que ele mudasse de idéia. Aí que começaram as agressões. Faz seis meses que começaram. Uma vez pensei que fosse morrer quando ele tentou me afogar na banheira. Dois dias atrás ele apareceu em casa com um arma, e passou a noite bebendo. Foi aí que decidi fugir. E cá estou, com você. Mas não me aproximei de você no bar buscando abrigo, segurança, mas sim buscando um homem que pudesse me satisfazer ao menos uma vez. Desde que me casei que não sei o que é ser amada de verdade. E você no bar, bebendo, meio malancólico, misterioso...despertou em mim um interesse que não sei explicar. Você é um homem que desperta um desejo de querer conhecer, decifrar...enfim...não sei..."

Então Hélio levou dois dedos em sua boca a fazendo calar, acariciou seu rosto, subiu suavemente sua mão para sua nuca e acariciou seus cabelos, "Calma moça...não temas nada. Você é linda, sabia?", e então a beijou.






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