terça-feira, 5 de junho de 2012

Thamires e Raphael


Ele era flamenguista;
Ela, botafoguense.
Ele era da zona norte!
Ela, de outro município,
Mas tinha o espírito andarilho.
Ele era da noite,
E ela corria de dia.
Ele era branco, translúcido,
Como um fantasma.
Ela, mulata, faceira.
Ela curtia um pagode;
Ele era do metal.

Ela, com seu jeito carinhoso,
Sua entrega, submissão,
Conquistou o coração do moço,
Que se entregou, de supetão.
E quando ela viajou por dez dias?
Amargurado ficou o coração.
Era tanta saudade, mas tanta,
Que um dia não bastava para matar.
Ele deprimido, e ela louca,
Decidiram ir para Santa Teresa,
Três dias passar.

Ele a xingava, batia, brigava!
E ela era puro amor para lhe dar.
E quando ele não a via, que agonia!
Não tinha como não se entregar.

Apesar de tantas oposições,
Quando se olhavam olho a olho,
Tinham uma certeza no peito:
Apesar de tudo, eram iguais.

Um comentário:

  1. Se começar com pagodinho,logo "dança no cinto",hahahaha.Mas mesmo sendo assim diferente são parecidos, essa mulata faz tudo pelo malandro,e este arredio,já está mostrando seu lado "mais mansinho".;)

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