quarta-feira, 20 de junho de 2012

Ouroboros

Desespero latente. Vitupério na mente
Por compreender o mistério do que se sente
Sentimento que oscila irremediavelmente
Como os cabelos, que sempre precisam do pente

Veneração velada. Andar na mesma estrada
Disfarçada pela auto-enganação tão amada
Sangue vertido pela afiada espada
Voltando, gota a gota, à veia dilacerada

Desejo revigorante. Imagem alucinante
Quando ela aparece, sensual e cativante
Nos sonhos, sonhados de forma insinuante
Que não poderiam ser descritos sequer por Dante

Que desta vez eu possa! Não mais voltar à fossa
Por imaginar a inimaginável alegria nossa
Juntos após o destino que sempre acossa
Ter a segurança que de tudo se apossa

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