terça-feira, 26 de junho de 2012

Salve-me - Parte 2

- Salve-me.

Foi o que Hélio ouviu, fazendo-o despertar de seu transe. Aquelas palavras ditas suavemente por lábios delicados, foram como música para ele. Hélio olhou para o lado e viu quem pronunciava tais palavras. A mulher era clara de cabelos castanhos, lisos e compridos. Tinha uma feição um tanto quanto cansada, os olhos avermelhados, como se tivesse chorado recentemente. Aparentava 30 anos a moça, e notando que Hélio a observava, sem nada dizer, estendeu sua mão e disse, "Rita, prazer", enquanto esboçava um sorriso. Hélio retribuiu o aperto de mãos e convidou-a para um drink, ele pediu mais um whisky, ela o acompanhou com o mesmo pedido. Brindaram à vida, e apreciaram a bebida calados, sem o impulso normal ao se deparar com alguém novo, de fazer perguntas entediantes. Após apreciarem a bebida, Hélio disse a Rita, "Você tem uma história. Vamos dar uma volta, gostaria de ouvi-la", ao que Rita sorriu e aceitou o convite, levantando-se e se dirigindo à porta.

Quando Rita estava na porta, olhou para trás. Hélio se levantou, e naquele momento as incontáveis doses de whisky se fizeram contar. Tudo girava ao seu redor, o bar, as mesas, a menina de pele claríssima com uma serpente tatuada nas costas que dançava ao som de Black Sabbath na jukebox. Então Hélio não se aguentou, caiu inconsciente, todavia.





Nenhum comentário:

Postar um comentário

Lembre-se: Comentários são muito bem vindos quando visam acrescentar aos textos mensagens de relevância e de gosto compatível com o texto publicado, mas não o são quando são em tons pejorativos ou de incompatibilidade total com o texto. Agradecemos a compreensão.