sexta-feira, 18 de maio de 2012

Proscrito

Sou eu, fora da lei, cuspindo nas suas regras inúteis
Seu totem representa o legalismo tolo dos exageros
Quem poderá seguir teus medos fúteis?
Quem se compadecerá dos teus desesperos?

Ficarei à espreita, observando-te dia e noite
Como levas as coisas ao extremo
Como mandas a paz alheia ao açoite
A forma como chegas ao terror supremo

Proscrito, ainda sim permaneço ao redor
"abusum non tollit usum"¹, é o que te digo
Teus passos eu já sei de cor
Não quero, entretanto, tornar-me teu inimigo

De modo que, acalme-se em teu trono
O mal que fazes não é aos plebeus, mais ao reino
Se não te comportas como súdito, e sim como patrono
Te falta, apesar da idade, mais vivência e treino




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¹:O abuso não tolhe o uso

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