terça-feira, 28 de agosto de 2012

Um brinde!!!

Um brinde, caro amigo, um brinde!
À nossa singela perdição!
À nossa azarada imperfeição!
Às que nos disseram "não"!

Eu proponho este ingênuo brinde
À nossa capacidade de sentir dor,
Ao flagelo que não perde o ardor,
Ao nosso insistente torpor!

Um brinde, nobre irmão!
À Esperança disfarçada de desespero,
Ao inebriável aroma do destempero,
Ao desperdiçar imperdoável de nosso tempero!

Um derradeiro brinde, camarada!
Só mais este, para a confraria encerrar:
A elas, que em braços alheios estão a deitar
Enquanto nós brindamos a lamentar!

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