Em minha curta experiência de vida, me relacionando com o próximo, observando as relações humanas das sombras, pude adquirir alguma experiência no que tange o campo complexo dos laços afetivos e do papel que nos cabe desempenhar neste mundo. Poderia dizer que um dos maiores medos que enfrentamos hoje é o medo de ficarmos sós.
Poucos são os que gostariam de viver sós, principalmente entre os mais joves. Reflexo disso é o "boom" das redes sociais. Para não se ver só, nos iludimos com uma vida virtual, com "amigos" virtuais, e em poucas conversações, pouco contato, já nos julgamos íntimos (ou algo mais) de pessoas que mal conhecemos, pessoas das quais só conhecemos um perfil criado (seja lá condizente com a realidade ou não). E estas pessoas acabam tendo para alguns importância maior do que as pessoas reais que fazem parte de suas vidas reais. Este é o grau de superficialidade que se espalhou por muitos e vem se difundindo cada dia que passa.
No entanto, este não é o tópico que pretendo explorar aqui. Como disse acima, temos um papel a desempenhar no mundo, e eu poderia dizer que em primeira instância nós nos dividimos em duas classes: perpetuadores e mantenedores.
Os perpetuadores nasceram para trabalhar, se relacionar e procriar. Seu fundamental papel é tornar a espécie humana "eterna", dando origem a novas gerações, criando filhos, preservando o mundo, difundindo os valores.

Ambas as classes são essenciais para a vida humana, e se uma delas falha, a desordem e o caos imperam. No entanto, uma coisa precisa ser dita: a missão dos mantenedores requer abandono e desapego. E por isso muitos sofrem hoje em dia, sem conseguirem se relacionar, sem conseguirem manter uma relação estável e sadia.
Precisamos parar, respirar e buscar as respostas que gritam dentro de nós. Qual será nossa missão? Sou um perpetuador ou um mantenedor? Talvez sua felicidade e plenitude de vida só seja adquirida na solidão, e por isso sofre, pois busca felicidade numa união para a qual não foi feito. Pense nisso.