segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Matrioshka

Ad infinitum, ao infinito eu sigo
Neste brinquedo sempre surpreendente
Ouço Zenão comunicando-se comigo
Pelo diálogo icônico na mente

O sorriso delas é inocente
E ao mesmo tempo, sombrio
Como uma verdade que mente
Como um calor que causa frio

Pequenas e cada vez menores
Ensinam-me estas danadinhas
Que somos sempre melhores
Nos livrando de inúteis casquinhas

Do tamanho de uma noz
Ela sorri, mestra na simplicidade
Ensinou-me a desaguar tristezas na foz
Ao procurar infinitude na eternidade

Minha matrioshka tão mestra
Almejo mudar sem sofrer perda
E que não saiba a minha destra
O que planeja a minha esquerda!

Spaciba! 


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