segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Invadidos

Era uma noite de verão, quente, sem núvens no céu e com a lua brilhando plenamente em esplendor. Eu e alguns amigos e amigas acampávamos na praia. Éramos em torno de nove pessoas, e estávamos nos divertindo bastante ao som de um velho violão, cantando canções que há muito não se ouviam na rádio.

De repente, viu-se algo estranho na lua. Uns discos luminosos dela saíam e chegavam à praia numa velocidade surpreendente, como se nada fossem os trezentos e oitenta mil quilômetros que nos separam de nosso satélite. Eu estava afastado do grupo, admirando o mar, sentindo o cheiro de maresia que me trazia tantas lembranças. Quando percebi o problema, corri com todas as forças que tinha, embora ainda assustado, para dentro da nossa tenda, onde estavam todos os meus amigos que, assustados pelo estranho fenômeno, desistiram de ficar sob o olhar indiscreto das estrelas.

Na hora em que entrei na tenda, perto de nós um daqueles estranhos discos pousou. A histeria tomou conta de todos. Um ser esquisito entrou também na tenda, e o pânico foi geral. Uma voz robótica, meio metálica, disse-nos para não ter medo. Ele era um dissidente do povo que estava a invadir a terra. Disse que era contra o total extermínio dos terráqueos, e que, apesar de ser necessário para a sua raça a tomada do nosso planeta azul, defendia que era preciso conservar parte da espécie, para que pudesse crescer noutro planeta semelhante à terra.

Deu-nos, então, a sua nave, que estava programada para partir até um outro planeta, segundo ele, semelhante à terra. Disse-nos que teríamos bastante tempo para criarmos uma nova civilização, já que levaria milênios até que os alienígenas invasores pudessem esgotar todos os recursos do nosso planeta. Entramos todos, tristes e abatidos. Mas com a promessa e a esperança de que faríamos uma civilização melhor...

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