sábado, 14 de julho de 2012

Salve-me - Parte 3




"Ele está comigo, não se preocupem", foi só o que Hélio ouviu antes de cair inconsciente.

Os sentidos começavam a voltar lentamente. Pela visão turva e embaçada ele podia ver que estava numa sala branca, iluminada, sentado numa cadeira e com muito frio. O ar condicionado estava fortíssimo, e Rita estava ao seu lado, tentando a todo custo aquecê-lo, esfregando suas pernas e pés e colocando suas mãos por debaixo da saia, entre as coxas quentes dela. Ele percebeu que estava com um soro no braço, concluiu que estava num hospital, havia tido coma alcoólico. Ele já tinha recuperado os sentidos, mas preferiu se fingir de desmaiado e descansar, e sentir aquelas coxas quentes entre suas mãos. Adormeceu.

"E aí caubói, bebeu demais é?"

Foram as primeiras palavras que Hélio ouviu quando finalmente acordou, totalmente recuperado. Rita ajudou-o a se levantar e o levou até seu carro, um porsche antigo conversível, muito charmoso, prateado. Ele tomou a liberdade de ligar o som, tocava um cd dos beatles, a música era "can´t buy me love". "Obrigado moça, espero não ter vomitado nos seus pés", disse esboçando um sorriso. "Se tivesse vomitado, com certeza eu não estaria aqui moço", respondeu ela, com um ar zombeteiro. Eram 5 da madrugada, não tardaria a amanhecer. O céu estrelado da noite anterior anunciava uma bela alvorada, então Hélio sugeriu que fossem à praia, ver o sol nascer. Rita topou de pronto, e para lá se dirigiram. 





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