Eu sempre quis, quando minha bondade era ofendida
Desfazer-me de seus restos com repulsa
Reestabelecer a honra perdida
Ver o sangue correr na veia que, forte, pulsa
Quando indigna fosse a retribuição a mim devida
Queria virar um monstro como Cérbero
Uma máquina de guerra a valorizar a própria vida
Pensando menos com o coração e mais com o cérebro
Mas o que eu sempre quis
É o que eu nunca fiz
A selvageria artificial
Nunca trocou meu bem por mal
E fica na vontade
Minha mutação animal
Tudo transmutado pela metade
A morte do bem: Eutanásia moral.
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