O manjar que fiz para ti,
Apodrece na solidão da geladeira.
A ricota do quixe que preparei,
Já está mofada por inteira.
Os corações de tomate cereja,
Estão infestados de larvas traiçoeiras.
Só de me lembrar do seu nome,
Dá-me vontade de me afogar na banheira.
Todo amor, todo capricho,
Você lançou no abismo.
E agora, tomado de ira,
Te lanço a praga do dia!
Que você regurgite meu coração,
Que lhe entreguei de bandeja na mão.
Que em Judeca você congele,
E que com sua carne Lúcifer se refestele.
Que use seu corpo Caronte,
Para navegar no rio Aqueronte.
Que tudo que usou para me ferir,
Seja voltado contra ti.
E por final a praga mortal:
Que você adquira a eloquência,
E perceba numa epifania a incoerência,
De ter retribuído o bem, dando-me o mal.
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