A dor foi demais, o peito aberto me era insuportável
Cadavérico, eu apodrecia detrás de um sorriso afável
O poço era muito extenso, mas consegui dali sair
Acabou! Agora é o tempo da minha vingança existir
Homérica, maquiavélica
Insana, divina
Estou à espreita, vigiando-te dia e noite
Escolhendo o lugar certo para o açoite
Já te envio meu presente em doses pequenas
Deixo-te viver com a generosidade dos mecenas
Por enquanto... ainda
Não estás... no fim da linha
Passarão anos, ou até décadas a fio
Até ver teu corpo inerte solto no rio
E eu rirei, bebendo teu sangue com vinho
No cálice etéreo da mente, que eu imaginei sozinho
Tic... Tac...
Tic... Tac...
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