Um brinde, caro amigo, um brinde!
À nossa singela perdição!
À nossa azarada imperfeição!
Às que nos disseram "não"!
Eu proponho este ingênuo brinde
À nossa capacidade de sentir dor,
Ao flagelo que não perde o ardor,
Ao nosso insistente torpor!
Um brinde, nobre irmão!
À Esperança disfarçada de desespero,
Ao inebriável aroma do destempero,
Ao desperdiçar imperdoável de nosso tempero!
Um derradeiro brinde, camarada!
Só mais este, para a confraria encerrar:
A elas, que em braços alheios estão a deitar
Enquanto nós brindamos a lamentar!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Lembre-se: Comentários são muito bem vindos quando visam acrescentar aos textos mensagens de relevância e de gosto compatível com o texto publicado, mas não o são quando são em tons pejorativos ou de incompatibilidade total com o texto. Agradecemos a compreensão.