Coincidentemente, eis a última pena!
Usá-la-ei para escrever a última carta
É meu escárnio e repulsa ao hodierno
É meu desejo de ser eterno
A tinta é o sangue do meu dedo
Inspiração é a dor do meu peito
Porque não quero viver no hoje
E não posso voltar ao ontem
Esgotaram-se as chances de salvação
Contemplar a realidade machuca
Tentei tantas vezes lutar
Mas, sendo fraco, caí no tentar
Chega! Não dá mais!
Dou-me ao silêncio do vácuo
Por sonhar demais, sangrei
Afinal, já dizia o poeta:
"Nossas dores não advém das coisas vividas
Mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram".
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