A tragédia é iminente
Mas o que temos a fazer
Quando o amor é eminente?
Resta-nos esperar nosso crescer...
Embalado pela noturna nostalgia
Sinto teu cheiro como naquele dia
Em que eu repousava em teu ombro, pura magia
Nauseados pelo balanço da viatura bravia
Eu sei que não me deves tocar
Porque se a tua pele eu sentir
O aperto no peito me fará sufocar
E em pedaços irei ruir
Mas o que fazer, então?
Quando a crise de abstinência é mais forte
Não há como dizer 'não'
A dor só é menos pior que a morte
A minha solidão é a tua escultura
Que esculpistes com a felicidade de um terceiro
Eu não acredito que, em frente à minha sepultura
Assististes, inerte, ao meu fim derradeiro
Eu te esperei, e nada pude fazer
Inútil como falar a um surdo
Queimado como comida demorada no cozer
Sigo em meu mundo absurdo
A espera pode ser comparada a morer sucessivamente em um curto espaço de tempo. Pare de se afogar neste mar de amor e emerja antes da última grande onda.#ficadica
ResponderExcluirUm poeta é um eterno morto-vivo. É o mais sublime dos zumbis. Se não fosse assim, não seria poeta.
ResponderExcluirBela poesia de amor, doce sofrimento, feliz espera e grandes tormentos... São momentos como esse que fazem o homem.
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