Não falarei de amor
Pois me esqueço da sua face
Nem direi que ele rima com dor
Como se de dor eu precisasse
Se minha arte fosse um espelho
E minha pena fosse luz
Ninguém meteria o bedelho
Na confidência que, de meus olhos, reluz
Mas, como a noite, sou opaco
E singelo como o dia
E neste embalo eu embarco
A procura da alegria
Por isto poupo-vos do tédio
Que me causa dissabor
Não existe nenhum remédio
Hoje não falarei de amor!
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