Sofre o poeta, que com a pena rabisca
Do sono desperta, soltando faísca
Pelo atrito romântico dos problemas da vida
Olhos sem paixão, coração com ferida
Escreve o poeta, para a posteridade
Suas dores, suas mágoas, sua sinceridade
Não quer a pena alheia, apenas cumplicidade
Alguém que sofra com ele, em plena amizade
O poeta lamenta o pesar de sua alma
E expõe seus momentos de falta de calma
Reside no caos sua imortalidade
A velhice não lhe chega na maturidade
A arte sublime emerge da dor
O quadro escrito prescinde de cor
Poesia é livro que não tem exegeta
Saído das mãos de um pobre poeta
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