Passava um viajante, quase morto e faminto, que sucumbiu à fraqueza
Um urso, uma raposa e um coelho foram testemunhas do fato
Todos se compadeceram do pobre coitado, todos em profunda tristeza
E foram, um a um, buscar ajuda para o homem, num ato sensato
O urso mergulhou no rio, atento ao seu redor
Tomou um peixe com a boca
Do jeito que sabia de cor
A raposa entrou por entre os arbustos
Tomou um cacho de uvas de um galho farto
O mais delicioso dos frutos
O coelho olhou para todos os lados, e nada via
Apenas um bocado de galhos queimando, envolto numa chama ardente
As uvas e o peixe, para a fome do viajante, eram de pouca valia
Atirou-se então no fogo, oferecendo sua carne sacrificialmente
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