A idade clama mais e mais por nossa vivacidade
Um dia a mais é como um metro diminuído entre nós e o caixão
Que pobre mortal já conseguiu fugir da derradeira fatalidade?
Que ser humano já escapou do buraco cavado no chão?
Só Aquele que morreu abraçando o mundo, mas esta foi uma feliz exceção
Regra dolorida rege o universo, traçando-nos o destino final
E a nós não cabe tristezas, nem façamos qualquer lamentação
Saibamos admirar a hora do fim, como nossa entrada num lar sem igual
Um cão vive quinze anos, e vive bem!
Corre, baba, dorme, come, e vai para o além
Quanto a nós, que diferença faz, trinta anos, cinquenta anos, ou cem?
Não importa quando a chamada para o além toca os nossos ouvidos
A Entropia da vida está ativa! Vivamos, responsáveis, os limites dos sentidos
Quando se morre bem, o tempo é apenas a agonia dos perdidos
definitivamente voce tem dom de escrever
ResponderExcluirMuito grato pelo comentário, Anônimo. Penso que todos nascemos com o dom da escrita, mas nem todos querem fazer uso dele. Para que este dom floresça, é preciso prática, como tudo nesta vida. Aristóteles dizia que a excelência constrói-se do hábito, e ele não poderia estar mais certo. Um grande abraço!
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