Beijei-te com todo o desejo de minh´alma
Tomando suas delicadas mãos, te guiei
Com cuidado, para que não perdessemos a calma
Dos olhares indiscretos te salvei
Fui-me embora, depois de ti
Corria feliz pelas ruas, mas a dor já agia sorrateira
Minha menina se afastaria de mim
Nunca mais a veria solteira
Ao chegar em casa, de um jeito diferente ouvi sua voz
A doçura, plena e máxima, alcançava o céu
Despedi-me com um "até logo", partiu-se o "nós"
E o inferno, com quentes labaredas, deixou-me ao léu
Cheguei ao aeroporto, triste cena
Observava os portões, para ver se ela viria
Chorei! talvez tudo aquilo não teria valido a pena
Minh´ alma, há pouco tão cheia, jazia vazia
Eu já não passava de um morto-vivo
Que por tanto tempo mais defuntei que vivi
Faleceu também minha menina: Que destino altivo!
Diante do seu cadáver a velei, mas a ela não revivi
Seus ouvidos me são fechados
Sua alma encontra-se lá onde ninguém chega a pé
E eu estou de volta ao aeroporto, com ânimos redobrados
Aguardando uma supresa outra, com fé
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Lembre-se: Comentários são muito bem vindos quando visam acrescentar aos textos mensagens de relevância e de gosto compatível com o texto publicado, mas não o são quando são em tons pejorativos ou de incompatibilidade total com o texto. Agradecemos a compreensão.